Bûche de Nöel - Um dos mais famosos doces na França e é um prato indispensável nas mesas dos franceses durante o natal.
O costume de acender uma tora de Natal na lareira, é muito antigo e existia em toda a Europa. Dizem que o fogo produzido pela tora era uma homenagem ao sol. Este gesto cerimonial teria suas origens em várias celebrações pagãs do solestício de inverno.
No começo, era uma tora que deveria queimar desde 24 de dezembro até o Ano Novo. Acesa no cômodo da casa onde a família se reunia, ela proporcionaria calor e luz às vigílias. A tora escolhida devia ser bem grossa de madeira dura, ou um tronco velho e proveniente de preferência de uma árvore frutífera. Ela devia ser cortada antes do nascer do sol. A tora era decorada com fitas, em seguida levada até o cômodo mais amplo da casa com um grande cerimonial.
Na França, o costume rezava que se devia colocar na lareira uma tora para cada pessoa da casa. O chefe da família benzia a tora com água e sal e às vezes com vinho.
Só se podia tocar nas toras com as mãos, nenhum instrumento era admitido perto da lareira. Se o fogo fizesse muitas faíscas, dizia-se que a colheita do verão seguinte seria farta, se a luz projetasse silhuetas sobre a parede se dizia que um membro da família iria morrer durante o ano.
As cinzas da lareira eram guardadas preciosamente, usadas para curar certas doenças e para fertilizar a terra.
E foi assim que para perpetuar este ritual, a deliciosa sobremesa "Bûche de Nöel" (Tora de Natal) foi criada segundo Paul Bocuse, um dos chefs mais importantes do mundo, em Lyon, em 1860, recheada apenas de chocolate. Há ainda quem afirme que o doce surgiu em Paris e que era feito de recheio de creme de manteiga, com diferentes sabores, como café, avelã ou chocolate. Trata-se de um bolo, do tipo rocambole de forma alongada lembrando a tora de madeira, e em geral decorado com pequenas serras e objetos lembrando o Natal. Em geral ele é de chocolate e coberto de creme, mas existem múltiplas variações.
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