Prezados leitores,
Segue abaixo uma matéria que achei interessante da Veja Rio sobre a nova moda carioca do "SAQUÊ".
Saquê, por favor
A bebida japonesa cai nas graças dos cariocas
Agradável aroma floral. Sabor frutado com leve toque de melão. Boa complexidade e persistência. A descrição poderia ser a de um bom vinho, mas é a de um dos vários rótulos de saquê que passaram a ser oferecidos nos restaurantes japoneses do Rio. "As pessoas começaram a distinguir o joio do trigo. Estão entendendo mais sobre a bebida e suas diferenças", diz César Hasky, do restaurante Ten Kai, onde são consumidas, por semana, 700 doses de saquê. A carta oferece dois rótulos nacionais e quatro importados. Lá, a grande maioria dos clientes pede a bebida pura e gelada. O sal vem à parte, para aqueles que gostam de colocá-lo na borda do massu, copinho quadrado de madeira que confere leve sabor amadeirado e era usado como medidor de arroz. "Virou tradição aqui, mas nunca vi isso no Japão", conta Hasky.
Resultado da fermentação do arroz, o saquê é uma bebida muito mais complexa do que se imagina. A produção começa com o polimento do grão japonês, etapa que reduz o seu tamanho em até 70%. Quanto mais polido, melhor o produto final. A partir daí, o arroz é lavado, fica de molho, é cozido e só então fermentado para receber ou não a adição de destilado de cereais.
Dependendo do processo de sua fabricação, a bebida é dividida em categorias e faixas de preço. Junmai dai ginjo, por exemplo, significa que o grau de polimento foi de 50% e que teve a adição de destilados. Uma garrafa dessas com 720 mililitros custa 250 reais no Sushi Leblon, que oferece dez rótulos, cada um deles com teor alcoólico diferente e divididos em categorias: há os bem secos, secos, meio secos, suaves e doces. Outra bossa do restaurante são os copos de cristal finíssimo da tradicional marca alemã Spiegelau, que, a pedido do cliente, podem substituir os massu. Recém-aberto no Rio, o Nakombi trouxe para sua adega o rótulo com a marca própria, produzido em São Paulo pela indústria japonesa Tozan. Outras onze opções incluem até marcas americanas. "É o novo mundo do saquê", afirma o sócio Paulo Barossi. "Temos dois rótulos californianos que competem em igualdade de condições com os japoneses."
O saquê caiu definitivamente no gosto do carioca quando começou a ser usado em drinques como o caipisaquê, apelidado de caipirinha oriental. No topo da lista das mais pedidas do Madame Butterfly, restaurante em Ipanema que serve, por semana, 150 doses do drinque, estão as de lichia e morango (14,90 reais). "É um drinque bem feminino", afirma Marina Kuniy, dona do restaurante. "Os homens preferem consumir o saquê puro e bem gelado. Guardo no mesmo lugar que as cervejas." No Sushi House e Sakeria há treze versões, como o eletric lemonade, à base de saquê, suco de limão, gengibre e energético (7,50 reais). E, na temakeria Koni, o frozen, geladinho, feito com lichia ou kiwi (7,50 reais), foi a fórmula encontrada para combater o calor do verão carioca.
Kampai – ou, saúde.
Matéria do Veja-Rio: http://veja.abril.com.br/vejarj/210307/consumo.html
Segue abaixo uma matéria que achei interessante da Veja Rio sobre a nova moda carioca do "SAQUÊ".
Saquê, por favor
A bebida japonesa cai nas graças dos cariocas
Agradável aroma floral. Sabor frutado com leve toque de melão. Boa complexidade e persistência. A descrição poderia ser a de um bom vinho, mas é a de um dos vários rótulos de saquê que passaram a ser oferecidos nos restaurantes japoneses do Rio. "As pessoas começaram a distinguir o joio do trigo. Estão entendendo mais sobre a bebida e suas diferenças", diz César Hasky, do restaurante Ten Kai, onde são consumidas, por semana, 700 doses de saquê. A carta oferece dois rótulos nacionais e quatro importados. Lá, a grande maioria dos clientes pede a bebida pura e gelada. O sal vem à parte, para aqueles que gostam de colocá-lo na borda do massu, copinho quadrado de madeira que confere leve sabor amadeirado e era usado como medidor de arroz. "Virou tradição aqui, mas nunca vi isso no Japão", conta Hasky.
Resultado da fermentação do arroz, o saquê é uma bebida muito mais complexa do que se imagina. A produção começa com o polimento do grão japonês, etapa que reduz o seu tamanho em até 70%. Quanto mais polido, melhor o produto final. A partir daí, o arroz é lavado, fica de molho, é cozido e só então fermentado para receber ou não a adição de destilado de cereais.
Dependendo do processo de sua fabricação, a bebida é dividida em categorias e faixas de preço. Junmai dai ginjo, por exemplo, significa que o grau de polimento foi de 50% e que teve a adição de destilados. Uma garrafa dessas com 720 mililitros custa 250 reais no Sushi Leblon, que oferece dez rótulos, cada um deles com teor alcoólico diferente e divididos em categorias: há os bem secos, secos, meio secos, suaves e doces. Outra bossa do restaurante são os copos de cristal finíssimo da tradicional marca alemã Spiegelau, que, a pedido do cliente, podem substituir os massu. Recém-aberto no Rio, o Nakombi trouxe para sua adega o rótulo com a marca própria, produzido em São Paulo pela indústria japonesa Tozan. Outras onze opções incluem até marcas americanas. "É o novo mundo do saquê", afirma o sócio Paulo Barossi. "Temos dois rótulos californianos que competem em igualdade de condições com os japoneses."
O saquê caiu definitivamente no gosto do carioca quando começou a ser usado em drinques como o caipisaquê, apelidado de caipirinha oriental. No topo da lista das mais pedidas do Madame Butterfly, restaurante em Ipanema que serve, por semana, 150 doses do drinque, estão as de lichia e morango (14,90 reais). "É um drinque bem feminino", afirma Marina Kuniy, dona do restaurante. "Os homens preferem consumir o saquê puro e bem gelado. Guardo no mesmo lugar que as cervejas." No Sushi House e Sakeria há treze versões, como o eletric lemonade, à base de saquê, suco de limão, gengibre e energético (7,50 reais). E, na temakeria Koni, o frozen, geladinho, feito com lichia ou kiwi (7,50 reais), foi a fórmula encontrada para combater o calor do verão carioca.
Kampai – ou, saúde.
Matéria do Veja-Rio: http://veja.abril.com.br/vejarj/210307/consumo.html
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